Se alguém perguntar como eu vivi, diga que vivi intensamente, que aproveitei cada segundo. Que quando amei, foi de verdade, quando odiei também foi de verdade, mas nunca permiti que o ódio me consumisse. Que dormi chorando várias vezes, mas na maioria das vezes dormi com um sorriso no rosto.
Diga que já tive o coração inquieto, já me senti sem rumo, sem direção, já sentei e esperei que as coisas acontecessem, liguei o piloto automático e só deixei rolar até entender que eu é quem decido o que me afeta e a forma como me afeta.
Diga que já fui triste, depressiva, mas também vivi momentos de felicidade intensa, que a tristeza só tomou conta de mim enquanto eu não entendia que não existe felicidade eterna, que a felicidade dura alguns instantes, às vezes tão pequenos que a gente nem percebe. Tive que aprender que não adianta correr atrás da felicidade enquanto não aprendermos a valorizar o que já temos. A maioria das pessoas já tem o suficiente pra ser feliz, mas insiste que só será feliz quando realizar determinado sonho, eu já me sinto feliz só por ser capaz de sonhar.
Já tive preconceito, já me achei superior a muita gente, já julguei mal as pessoas, desdenhei de certos lugares e de seus frequentadores, até me conscientizar de que não existe ninguém melhor, nem pior, somos todos iguais, só temos concepções diferentes, a forma entender um assunto varia de pessoa pra pessoa. Aprendi a respeitar a opinião alheia, sem desmerecer a minha, nem tentar impor o que eu penso. Aprendi que qualquer lugar é bom, você é quem faz o ambiente. Se você se sente em paz e tem as companhias certas pode ser feliz em qualquer lugar.
Revi conceitos, limpei minha mente, relevei minhas birras, larguei manias, joguei fora tudo o que me impedia de aproveitar bem o que eu tenho disponível, tudo o que me fazia pensar que não era feliz.
Tive amigos verdadeiros, amigos falsos, amigos que nunca imaginei ter um dia. Os amigos de verdade, guardei no coração e deixei partir, quem quis partir. Os amigos falsos, fiz questão de manter ao alcance dos olhos. Inimigos? Se tive algum, não foi declarado, nunca considerei ninguém como inimigo, sempre acreditei nas pessoas e, mesmo levando algumas rasteiras, não deixei de acreditar.
Tenho uma família que amo, mesmo sem dizer. Pessoas incríveis, que às vezes não entendem esse meu jeito de ser, mas sei que me amam com a mesma intensidade.
Se alguém disser: coitadinha nunca se casou! Responda que não sou metade de ninguém, sou completa, meus amigos, minha filha e minha família me bastam. Não dependo de um par para ser feliz. Com meus amigos aprendi a aplicar bem a regra das quatro operações: multiplicar a alegria, somar a força, diminuir os problemas e dividir a conta do buteco.
Nunca tive medo da morte, posso viver mais uma semana, posso viver 100 anos, se a morte é inevitável, por que temê-la? Se eu morrer hoje, tenham a certeza de que morri feliz, não realizei todos os meus sonhos, pois nunca deixarei de sonhar, mas fiz tudo o que tive vontade de fazer e que estava ao meu alcance.
Pra quem pensa que eu nunca busquei Deus eu respondo: a gente não precisa buscar aquilo que já trazemos dentro de nós. Deus está presente em tudo, em todos os lugares, em todas as coisas, principalmente em mim.
Quer um conselho? Viva cada momento intensamente, seja feliz todos os dias, faça tudo o que gosta sem se preocupar com o que as pessoas pensam de você, quando você é feliz, as pessoas que te amam também são felizes, quem não gosta de você se sentirá incomodado, mas essas pessoas não importam. Valorize a pessoa mais importante desse mundo: você. Assim os outros aprenderão a te valorizar também.
Acho que é só isso que gostaria de dizer.
Um beijo a todos os que caminharam comigo, a todos que eu tive a sorte de conhecer, que passaram por minha vida, mesmo que por instantes, todos foram importantes pra mim e levarei no coração por onde eu andar.
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