É verdade que a internet aproxima as pessoas, mas também isola. É tão cômodo ficar em casa, em frente a uma tela, conversando com "amigos" que você nunca viu, e, talvez nunca verá. Na internet ninguém é feio, ninguém tem mau hálito, ninguém tem defeitos abomináveis. É todo mundo perfeito, é todo mundo legal, como se vivêssemos um personagem. Você se junta com pessoas que pensam como você, ou até com pessoas que pensam diferente, mas respeitam o seu jeito de pensar. Você sente uma "felicidade virtual", passa horas vivendo a vida que gostaria de ter, sendo quem gostaria de ser... mas ao apagar a tela você é obrigado a viver a realidade, tem que voltar a sua vidinha sem graça, imperfeita e solitária, pra piorar tudo, ainda é obrigado a conviver com seus defeitos.
Por ter uma vida virtual, você deixa de viver a vida real. Qual foi a última vez que foi a uma festa? Que saiu pra bater um papo com os amigos reais? Que se sentou com sua família e falou das coisas que te incomoda?
É tudo mais fácil na internet, eu sei muito bem disso, pois também tenho uma intensa vida virtual, mas a vida acontece é aqui, no real. É na vida real que a gente tem que ser feliz. É na vida real que a gente tem que passar a maior parte do nosso tempo. É na vida real que a gente tem que batalhar pelos nossos sonhos, que a gente tem que correr atrás do prejuízo, que a gente tem que namorar, conhecer pessoas, se divertir.
Também não é pra abandonar os amigos virtuais, é bom tê-los, é bom saber que eles estão lá, a um clique de distância, disponíveis a qualquer hora, dispostos a ouvir e te aconselhar, mas eles, assim como você, tem uma vida real pra cuidar. Palavra de quem tem 60% dos amigos, na rede e não conhece nem metade deles, ainda.
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